Archives

  • 2018-07
  • 2018-10
  • 2018-11
  • 2019-04
  • 2019-05
  • 2019-06
  • 2019-07
  • 2019-08
  • 2019-09
  • 2019-10
  • 2019-11
  • 2019-12
  • 2020-01
  • 2020-02
  • 2020-03
  • 2020-04
  • 2020-05
  • 2020-06
  • 2020-07
  • 2020-08
  • 2020-09
  • 2020-10
  • 2020-11
  • 2020-12
  • 2021-01
  • 2021-02
  • 2021-03
  • 2021-04
  • 2021-05
  • 2021-06
  • 2021-07
  • 2021-08
  • 2021-09
  • 2021-10
  • 2021-11
  • 2021-12
  • 2022-01
  • 2022-02
  • 2022-03
  • 2022-04
  • 2022-05
  • 2022-06
  • 2022-07
  • 2022-08
  • 2022-09
  • 2022-10
  • 2022-11
  • 2022-12
  • 2023-01
  • 2023-02
  • 2023-03
  • 2023-04
  • 2023-05
  • 2023-06
  • 2023-07
  • 2023-08
  • 2023-09
  • 2023-10
  • 2023-11
  • 2023-12
  • 2024-01
  • 2024-02
  • 2024-03
  • 2024-04
  • 2024-05
  • Percebemos ent o tentando tra ar uma

    2019-04-20

    Percebemos, então, tentando traçar uma linha que amarre as discussões dos intelectuais mencionados, que as revoluções cubana e sandinista foram representadas positivamente na revista Araucaria de Chile, através de argumentos relacionados ao desenvolvimento e à popularização da cultura após PD173074 ascensão dos governos revolucionários; às possibilidades de ampliação da democracia e da justiça social, com a abertura de canais políticos e culturais que possibilitaram maior participação das sociedades cubana e nicaraguense; e, por fim, tais argumentos apresentaram os respectivos processos revolucionários em Cuba e na Nicarágua como modelos para demais países latino-americanos na luta por maior autonomia política e econômica frente aos Estados Unidos e aos governos autoritários, sobretudo as ditaduras militares do Cone Sul, dado o contexto histórico de circulação da revista e a presença de seus colaboradores no exílio. Araucaria veiculou, ainda, textos sobre aqueles que posteriormente foram retomados simbolicamente pelos revolucionários como os precursores da luta anti-imperialista e pela libertação nacional: José Martí, no caso de Cuba, e Augusto César Sandino, para os nicaraguenses. Essas representações mostraram-se de acordo com o editorialismo programático de Araucaria de Chile, revista que, como mencionamos em mais de uma oportunidade, esteve vinculada, inclusive financeiramente, ao Partido Comunista de Chile, veiculando, por conseguinte, culturas políticas de esquerda em suas páginas, especialmente a comunista. Ademais, as discussões acerca da cultura em Cuba e na Nicarágua após as respectivas revoluções, assim como os debates que enalteciam a ruptura com os governos Batista e Somoza Debayle, respectivamente, ambos ditadores que não atendiam aos interesses da população local, foram oportunas, se pensarmos no próprio contexto de autoritarismo político no Chile, bem como no “apagão cultural” vivido pelo país, em função do declínio das atividades culturais chilenas sob o governo de Augusto Pinochet. As evidentes manifestações anti-imperialistas nos textos publicados em Araucaria de Chile revelaram a Transmembrane protein oposição, por parte da revista, aos Estados Unidos, país aliado das ditaduras instauradas no Cone Sul durante as décadas de 1960, 1970 e 1980, sobretudo a ditadura chilena. Interpretamos que as publicações, em Araucaria, referentes às revoluções em Cuba e na Nicarágua, dois países que optaram pela luta armada na estratégia revolucionária adotada, mantiveram estreita ligação com a política seguida pela direção do pcch à época, a Política de la Rebelión Popular de Masas (prpm). Após intensos debates entre a cúpula do pcch, a facção externa, representada por os membros da direção do partido que viviam no exílio, dentre eles o Secretário-geral da legenda, Luis Corvalán, e o diretor de Araucaria de Chile, Volodia Teitelboim, e a interna, que compreendia aqueles que viviam clandestinamente no Chile, optou-se por adotar, não obstante a resistência inicial dos que viviam no exílio, a luta armada no enfrentamento ao regime de Augusto Pinochet. Quem melhor esclarece os debates internos ao partido comunista chileno e seu consenso pela luta armada é Rolando Álvarez Vallejos, segundo o qual: Vallejos afirma que esse “radicalismo de masas”, a partir do qual o pcch buscou reunir toda a militância comunista, viveu seu apogeu entre os anos de 1983 e 1986, durante o período conhecido no Chile como Protestas Nacionales, ciclo de mobilizações sociais contra a ditadura pinochetista, estendendo-se até o plebiscito de 1988. A Frente Patriótico Manuel Rodríguez (fpmr) foi criada para coadunar e organizar todo o aparato armado do pcch, a fim de se consumar a oposição insurrecional do partido ante à ditadura. De acordo com Luis Corvalán, Secretário-geral do pcch à época, os protestos no Chile contra o regime militar pinochetista “confirmaron la certeza de la política propiciada por el Partido Comunista en el sentido de combatir a la dictadura por todos los medios, tomando el camino de la rebelión”. O dirigente comunista prossegue, afirmando que